Espaço Em Branco ©

Recordade que esta fim de semana há que mudar a hora (miticamente) para aforrar energia. O caso é que, como também é sabido, nós, os galegos e as galegas, deberiamos reger-nos por outro fuso horário, o de Londres, Portugal ou as Ilhas Canárias, com o qual na Galiza nom aforramos uma merda. Enfim...

Mais aproveitando a conjuntura, é que pergunto:

A las tres serán las dos

E por que? Por que nom "Às cinco serám as quatro" ou "À unha serám as doze", que seria mais lógico, porque assim pareceria como que se volve começar de zero e nom dende a nom sei quem lhe parece, en plan mágico~gatuno.

Uma suposiçom: Eu marcho de canhas o sábado às 21:00 h, e, como nom ceio rem, às 3:00 h do domingo estou penecas perdido, ainda que nom bebo álcool nengum dende a 1 (mais como a taxa máxima em sangue adoita alcançar-se duas horas depois de deixar de ingeri-lo...). Daquela, como às 3 som as 2, a que hora tenho que considerar que estou farto? Porque se eu paro de beber, entom às teóricas 4 da madrugada serám novamente as 3, com o qual é possível que, se antes às 3 estava prejudicado, agora nom o esteja na mesma hora... Wao! Onde vai o primo de Raxoi [Raksoi] para mo explicar?

Todo isto se solucionaria com a minha nova teoria: O NOVO DOMINGO

Fundamentos: A sociedade actual vive a um ritmo demasiado acelerado. O venres normalmente já se desafoga um pouco da semana (de trabalho, de doma e castraçom de polos, de consumo massivo de palomitas -pipocas- com ou sem manteiga, ou o que for) tomando uma ou duas cervejas com as amizades pertinentes. O sábado é dia oficial de saída nocturna. E o domingo pagamo-lo: sesta exagerada, alimentaçom deficiente, numa manhã ensolarada nom imos dar cansativos passeios em bicicleta porque estamos sem forças... mal, moi mal.

Soluçom: A criaçom de um novo dia na semana que se destinasse única e exclusivamente ao descanso.

Adequaçom teórico-práctica: Aproveitando as datas do ano em que há que mudar o horário para o ganho de horas de luz, poderiam-se ir juntando horas para o Novo Domingo (que seria o único dia da semana que se escreveria em letras maiúsculas). Assim, uma vez ganhadas 14 horas, teriamos a quantidade suficiente para criarmo-lo. Despois, restando apenas duas horas a cada dia (os dias passariam a ser de 22 horas, que nom se notaria na prática, porque ninguem está desperto entre as 2 e as 4 da madrugada, assim que é, de facto, como se nom existissem) conseguiriamos manter a ganancia temporal suficiente para termos um novo dia no calendário. Um dia destinado a nos recuperarmos do trabalho semanal e de dous dias de saída nocturna (e, amais, o domingo ainda se poderia aproveitar para ir ver os pássaros ou para voar o papaventos sem problema nengum, porque o Novo Domingo se dedicaria por enteiro, se se quiger, a dormir).

Definiçom do Novo Domingo: Dia de 14 horas destinado ao descanso em que a gente dormiria o necessário para se incorporar novamente o luns ao trabalho/actividades oportunas. O domingo à noite cearia-se e o luns de manhã almorçaria-se. Para as pessoas pouco amigas de sair de troula, o Novo Domingo adequaria-se de tal maneira que em todas as cadeias de TV se emitiria um programa de actualidade de Maria Teresa Campos que aglutinasse todas as tendências possíveis, para chegar a qualquer tipo de espectador: "cotilleo", gente total ou parcialmente nua, encontros actuais e históricos do Real Madrid (de todas as secçons da entidade), cientismo, conselhos de saude, etc.

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