Cuando el mundo es gilipollas: Jaime Mayor Oreja

Jaime Mayor Oreja, como seu nome in ica, é um "jaimito de grandes pabellones auditivos". Como todo neo-feixista, crê estar legitimado por um papel que faz as funçons dum acordo-marco (precioso eufemismo de merda tam utilizado hoje em dia) em que toda a cidadania espanhola supostamente acreditou (e acredita... supostamente) como salvaguarda dos seus direitos. É dizer, que esse 87% de pessoas que vinham de sofrer uma terrível ditadura e que ainda estavam acolhoados/as por se a cousa dos militares se reavivava (com o qual referendarom a opçom mais lógica: nom mais guerra/ditadura, por favor) serve de pretexto para fundamentar qualquer p*** ideia política naquele ano 1978, no seu "idílico" contexto e na aprovaçom (nada influenciada, por certo) de todo o povo espanhol.

Foto: Um dos dous é Mayor Oreja, mais nom o tenho controlado de todo. Poderia ser o da bela pose ergueita.

Com este panorama temos que lidar actualmente e por isso topamos-nos com pérolas de gente iluminada "estilo Jaime", como esta: "Cuando decimos que [ETA] está más fuerte es porque la negociación política ETA-Gobierno ha puesto patas arriba España, ha disparado procesos que hacen que hoy España esté mucho más cerca de su modelo (?) que de la España constitucional de 1978." (as negrinhas e a interrogaçom som minhas).

Os neo-feixistas, ou feixistas encobertos (também chamados feixistas democratizados ou feixistas pro-constitucionais) adoitam botar mão daquele contexto pre-democrático (ou para-democrático, se se quer) para justificar o seu idílio com o passado e preconizar a volta a ele. A posiçom de Jaime é a de moitos e moitas dirigentes do PePe e, mal que pese, a de moitos e moitas espanholes/as que pertencem ao selecto grupo dos que vivirom bem durante a ditadura e seguem a vivir bem hoje em dia. E de todos/as é sabido que a gente rica sempre vai querer manter os seus privilégios de classe.

Para poder dizer o que esta gente diz há que ter um certo gosto pola mentira e pola tergiversaçom, é claro. Ao se basearem na fermosa palavra "democracia" (tanto mais usada quanto mais pro-centrista-espanholista se é) e a reivindicarem o famoso "espírito da transiçom" quaisquer dirigentes podem elucubrar e pronunciar as asneiras mais atrevidas, a "democracia", a "livre opiniom" (sem contar que os "mass media" som realmente um bipartito dereita -espanholista- vs. esquerda -espanholista-) assim o permite.

Entom, nom há problema nenhum em dizer, entre outras magníficas ideias que La Coz de Galicia recolhe na sua entrevista com o grande político e politólogo, o seguinte:

-¿Por qué le cuesta tanto al PP condenar el franquismo?

-Porque eso forma parte de la historia de España (daquela eu nom vou condenar os atentados do 11-M, porque também formam parte da história de Espanha e, quem sabe? Se quadra, com o tempo, até pode ver-se como um motor de mudanças e outras parvadas sem sentido...). Yo no lo he condenado, yo elogio y alabo la transición democrática. ¿Cómo voy a condenar lo que, sin duda, representaba a un sector muy amplio de españoles?

-Por esa misma lógica, tampoco condenará el nazismo o el estalinismo, porque muchos alemanes y soviéticos los apoyaron.

-En la guerra hubo dos bandos y en el nazismo sólo uno. (Entom os alemans e os judeus iam no mesmo bando, ou como é?)

-En el franquismo solo hubo un bando que reprimía.

-También hubo dos, porque el franquismo fue la consecuencia de una Guerra Civil en la que hubo dos bandos. No es lo mismo que el régimen nazi, donde había un solo verdugo.

Despois, aproveitando a conjuntura, também se podem dar visons parciais da realidade que a cadaquem lhe interessa oferecer, e aqui esta gente é experta de todo: "[...] El proyecto de Zapatero cuenta con ETA. Zapatero ha hecho una unión temporal de empresas con ETA. El objetivo de la empresa Zapatero es una España irreconocible, radicalmente distinta de la constitucional, una segunda transición, una España en la que los valores más tradicionales, cristianos, sean sustituidos por otros, que no tengan nada que ver con lo que ha sido siempre. (Aí, aí! Sempre = 1978 ou melhor: Sempre = Parque Jurásico) El de la empresa ETA es la España rota. Entonces, si una quiere cambiar España en esa dirección y la otra romperla se pueden poner de acuerdo en algunas cosas. Hay un recorrido convergente entre ambas. Pero a ETA nunca le bastará una España muy de izquierdas, la necesita rota, no cejará hasta que obtenga la autodeterminación. Como Zapatero nunca se la podrá dar, esto acabará como el rosario de la aurora. La posición de Zapatero es táctica, una chapuza. En el primer tiempo del partido ha tratado de engañar a ETA, en el descanso quiere engañar a los españoles para ganar las elecciones. (Esta história soa a velho...) Su proyecto es suicida. (Claro, melhor encarcerar a gente, conseguir que as pessoas sejam "ilegais" para eliminar de vez medio milhom de votos e fomentar o ódio e a vingança como soluçom aos conflitos: a ETA y a su entorno no hay que darles tregua, hay que meterlos en la cárcel, hay que destruirlos... MATAR, ACABAR, ANIQUILAR, BORRAR, SOMETER, son todos verbos muito cristians, como a gente de dereitas...).

E assim chegamos à fim desta longuíssima digresom que afinal me roubou mais tempo do que teria sido bom para as minhas ocupaçons (esta é uma das causas polas quais nom me prodigo demasiado em análises político-ensaísticas, porque tendo à "excesividade palavril")... Em conclusom, despois de todo o dito entendemos frases como a que segue:

-Entonces, dejando al margen la Ley de la Memoria Histórica, ¿no considera pertinente condenar el franquismo?

-No, por muchas razones. ¿Por qué voy a tener que condenar yo el franquismo si hubo muchas familias que lo vivieron con naturalidad y normalidad? En mi tierra vasca hubo unos mitos infinitos. Fue mucho peor la guerra que el franquismo. Algunos dicen que las persecuciones en los pueblos vascos fueron terribles, pero no debieron serlo tanto cuando todos los guardias civiles gallegos pedían ir al País Vasco. Era una situación de extraordinaria placidez. Dejemos las disquisiciones sobre el franquismo a los historiadores. (Sim, de acordo, pero a quales? aos que som denunciados por familiares de falangistas por revelarem que os seus antepassados eram uns filhos de puta ou aos que che comem "el-pito" por um prato de favas?).

Deixo-vos também um vídeo em que o genial Acebes tenta explicar o contido REAL, isto é, o que em verdade QUERIA DIZER Jaime com as suas palavras e suponhemos que nom fomos capazes de entender...


Este artigo vai dedicado a Pombo-core-, em gratitude polos seus desmedidos elogios a este blogue e em atendimento à sua petiçom de mais política nele. Coido que hoje cumprim abondo.

2 comentários:

Anónimo disse...

A estes nótase-lhe de que pé estám eivados. Por eles seguiriam na ditadura, "por que así ha sido siempre". Filhos da puta.

Grande artigo, meu.
Saude.

Anónimo disse...

Nunca o meu voto foi tan tido en conta como no teu blog jeje, gran artigo profesor David.

Pero que non deixe de haber risos eh!

Saúdos, Pombo(core)

Designed by Posicionamiento Web | Bloggerized by GosuBlogger