Mundo gatuno: o tempo nom flui



Ponde a funcionar o reprodutor, porque a cançom acai-lhe moito bem ao tema em questom deste poste: o tempo nom flui.

Um teórico autodidacta neozelandês está a desatar uma grande controvérsia entre os/as cientistas de todo o mundo por mor duma teoria que, despois de 4 anos desde a sua publicaçom, começa agora a convulsionar as teorias da origem do universo.

Peter Lynds, o estudoso em questom, afirma que se dentro de moitos miles de milhóns de anos o universo deixasse de se expandir e contraísse num Big Crunch (-grande implosom final, simétrica e de sentido inverso ao Big Bang, grande explosom inicial), o novo conceito da reversom termodinâmica do tempo conduziria a um esquema coerente dum cosmos no qual nom haveria diferença entre passado e futuro.

As teorias de Lynds venhem a expor o seguinte: se cai um objecto, sabemos em cada instante que posiçom ocupa. Porém, Lynds considera que sempre está em movimento, mudando constantemente de posiçom, assim que nom tem uma posiçom relativa respeito ao chão. Nunca está quedo completamente. Moitas leis físicas implicam um conhecimento exacto da posiçom dos corpos, mas se tem raçom Lynds teriam-se que revisar. A teoria de Lynds rompe com a mecânica clássica, com a mecânica quântica e com a teoria da relatividade. Como di, fai falta uma revisom simultânea de todas as magnitudes da física [...] Se um objecto ficasse quedo num instante, di Lynds, nom se volveria mover. Considera que o momento presente e o fluxo do tempo som completamente subjectivos, apenas uma simplificaçom que fai o nosso cérebro para entender o mundo. Nom há momentos estáticos, há ausência de instantes. Já que logo, o tempo nom flui.

É curioso como às vezes as cousas acontecem. Esta tarde, justo quando estava a "reflexionar" tímida e inconscientemente sobre as limitaçons do ser humano para compreender o que se passa ao nosso redor, sobre como criamos e perpetuamos modelos de conduta para a "pacificaçom da alma" (o famoso espírito navidenho, os agasalhos de Natal, os vilancicos e panjolinhas que "candeam" os nossos coraçons, etc.), sobre como tentamos abranger moito mais do que podemos alcançar sem reparar em onde queremos chegar com isso... Justo quando a capacidade do ser humano para se "adequar ao meio" provocou mais uma vez um grande sorriso na minha face, justo nesse intre...

Justo nesse intre apareceu Lynds, e justo despois de ler o artigo sobre a sua teoria pensei: caralho, mira que há pouca gente a trabalhar neste mundo! e sobre todo, mira que há pouca gente a se esforçar em melhora-lo, mas melhora-lo a sério. Pensei também no mal que lhe vem ao mundo o imanente poder da fé/religiom, que todo o fai poderosamente imutável, estático e divino. À vez pensei na ajuda que lhes proporciona a moitos o crerem em algo que nom vem, porque em certa maneira os libera de viver num mundo que nom entendem (entendemos).



E despois pensei em toda essa gente que aparenta estar de volta de todo, que crê que num livro velho que lhes caiu nas mãos na carreira com ideias interessantes está a sabedoria que necesitam para (des)entender o mundo e nom reparam em que o/a autor/a desse livro também lhe tinha medo ao próprio mundo. E daquela todo começa a perder o sentido... e a ganha-lo por completo.

Outra cousa que me bateu nos miolos nesse momento foi a frase, que também se cita no artigo sobre Lynds, de que quando somos mais novos é quando somos quem de formular as teorias e as ideias mais brilhantes, porque é entom que temos menos supostos preconcebidos. E com isso dei em pensar que, se calhar, o conhecimento está altamente sobre-valorado... e o caso é que nom me importei.


Uma cousa é clara, segundo o meu ponto de vista, obviamente: os génios realmente nom existem.

A acepçom que poderíamos considerar mais universalmente aceite para uma pessoa genial poderia ser a que segue:

Génio/a: O mais alto grau a que pode elevar-se a inteligência humana. // Pessoa dotada desse alto poder intelectual.

Mas, que é a inteligência? Pensemos nas pessoas que passarom à história como "génios/as": cientistas, pintores/as, compositores/as, escritores/as, etc. Uma grande parte deles/as sofrerom vidas anónimas de incomprensom, morrerom na pobreza e incluso cairom na loucura. Isso é ser um génio?

O ser humano é, por natureza, um ser social. E se um fracassa nesse campo nom pode ser um génio, pois estaria a perder no campo fundamental que o define como ser. Daquela os génios corresponderiam-se com as imagens mentais preconcebidas por outras pessoas, quem definiriam aquelas bondades mais escassas na sociedade, elevando-as à categoria de "geniais" (por pouco habituais, evidentemente). Agora bem, uma pessoa que constroi um edifício ultra-modernista de 250 andares é considerada "genial", e logo uma pessoa que é capaz de fazer chorar outra a 200.000 kms de distância com um poema, essa pessoa por que nom entra nos cânones do "elevado intelecto"? Porque chorar é comum?

E todo isto vai perdendo sentido conforme vou escrevendo mais e mais...

Quiçais o que mais me interessa é o seguinte: ninguém compreende nada porque esse é o sentido de todo, nom faze-lo. E quem se perde (excessivamente, olho!) em acadar um conhecimento sobre-humano tem o encontro perdido antes de começar.

Eu sou feliz cada vez que constato que nom tenho resposta para cada cousa que me passa.

Saúde!

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