História do mundo laboral: das origens ao tempo dos recursos humanos (e III)

Correm tempos de crise. Ou isso dizem alguns por ai...

No centro do debate topa-se uma "instituiçom" fulcral no desenvolvimento económico actual: a empresa moderna.

A empresa moderna é à economia o que uma roda de tractor a uma bicicleta: se nom há outra cousa, terá que valer... Mas, qual é a sua origem e a raçom da sua hierarquizaçom e estrutura?

Já vimos anteriormente como o conceito de empresa nasce já na época dos romanos, porém, forom os anabatistas, nomeadamente a sua rama Amish, quem aperfeiçoarom a sua organizaçom. Estes cristãos, baseando-se na crença da superioridade do amor e a sua ética nas relações humanas, criarom uma casa de citas estrutura complexa, de matriz piramidal: arriba, o Ser Superior, omnipotente e amante de todas as cousas boas e bem feitas; imediatamente despois, as suas concubinas (tantas como caibam numa caixa grande com buracos); e, a seguir, todos os seus filhos, fruto do amor incondicional do Construtor de Excelências.

Todo foi bem durante séculos com esta estrutura piramidal invertida: os filhos trabalhavam, as concubinas davam-se prazer a si próprias e ao Ser Superior (consumindo razoavelmente os recursos primários gerados) e ele administrava e gastava magicamente. Mas, aos poucos, os filhos tomárom consciência da sua importância e começarom a exigir certas prebendas sob ameaça de greve de fome (isto é, evitar passar fome, nom como o ridículo costume moderno de passar fome. Ou acaso numa greve de trabalho tenta-se trabalhar?).

O S.S., para contentar todo o mundo, foi aconselhado polos seus assessores concebeu ele próprio, graças à sua magistral e acostumada solvência, criar um cargo que satisfizesse a grande minoria: um posto de chefe de recursos humanos, eufemismo moi cumprido para designar a persoa que se encarregaria de sufocar qualquer uma insurreiçom com palavras vazias e manobras sujas, promovendo as conspirações entre os seus iguais (mas em recursos humanos deixam-te usar o Power Point para fazer apresentações com queixinhos do Trivial) para tirar uns comicamente insignificantes benefícios. Esta decissom deu um giro de 360° ao funcionamento da empresa, criando a figura que os especialistas denominariam mais tarde: ninguém-para-alguém-alguém-para-ninguém risa-directivo sem atribuições reais new & magic pseudo-worker of illusion (t.c.c pária).

A endogamia fixo pronto acto de presença, multiplicando os cargos intermédios entre o S.S. e os seus filhos mais produtivos, sendo os mais atrasados mentalmente quem subirom mais aginha na escala laboral porque eram os que mais lástima despertavam no bom coraçom do S.S. (si me das pena eres mi amigo old style). Assim, surgirom os imediatamente imprescindíveis "quantos mais prefixos e adjectivos mais inúteis Trabalhadores-Fantasma": vice-director, vice-director gerente, vice-director gerente executivo, vice-director gerente executivo regional, vice-director gerente executivo regional adjunto, vice-director gerente executivo regional adjunto epiléptico, vice-director gerente executivo regional adjunto epiléptico politicamente-homossexual... –e assim até o infinito em todos os estamentos dependentes do S.S.–

O resto já é conhecido e tem sido matematicamente fixado nesta ecuaçom:

P = t + opc × ¼ sm ÷ tc ± r0 onde

Poder (ou Piscina, tanto tem) é igual a trabalho mais objecto pungente elevado ao cu por um quarto de soldo de merda entre tiros de cocaína mais/menos remordimentos elevado a zero.

E com isto acaba-se esta mini-história do mundo laboral. Assim que já sabes, se o teu chefe/a de recursos humanos nom deixa de te amolar pensa que seguramente os seus pais sejam irmãos. Tem-no em conta a próxima vez que ponha essa cara de nhu quando tente explicar-te que nom podes sair de férias em Agosto porque "eres muy importante para la empresa", quando realmente quer dizer "eres la única persona que sabe usar la fotocopiadora, si te vas nada me diferenciará de un mono".

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