Às vezes a surpresa nom consiste em descobrir algo novo, senom em decatar-se de que um vazio que nom sabias nem que estava aí esperava ser enchido com certas "sensações" ou vivências pré-existentes e destinadas a esse único fim: fazer-te sentir satisfeito/a por ter ampliado horizontes. Assim de simples.
Por isso em moitas ocasiões nom é a nória quem se move, mas apenas nós a dar voltas arredor dela.
Isto foi o que se passou no meu caso com a primeira banda que vos comento hoje (ainda que nom é a única, logicamente):
Guitarra, teclados, piano, sintetizadores por toda a parte, percussom... todo um universo de elementos ao serviço duma verdadeira instrumentalizaçom do ser e da essência. Número 1 na listagem de discos experimentais/alternativos deste espaço desde há messes, tem sido a meirande descoberta musical do âmbito electrónico para mim do ano passado. John Emanuele e mais Rich Cupolo levam uma carreira meteórica que dá vertigem, com três discos editados nos mesmos anos (2006, 2007 e 2008) ao tempo que visitavam os cenários estadounidenses. Esperemos que na intuiçom de algum/a iluminado/a apareça a brilhante ideia de trai-los para Europa. A sério que seria uma grande notícia.
Se o anterior ocupa o posto #1 da listagem de música alternativa do EeB, este vem sendo o inamovível segundo lugar case com a mesma antiguidade. Esta banda dinamarquesa mistura pop, electrónica, rock e quem sabe quantas mais influências com a inconfundível voz de Mette Lindberg, que lhe dá ao conjunto da mistura o toque perfeito. Para nos entendermos, o cantar da Mette é algo assim como se à Duffy lhe entrasse duma vez o verme da felicidade no corpo. Começam a gira de concertos deste seu álbum debute no mês de maio, alongando-se durante o verão. Em princípio nom tenhem programado visitar a Espanha (e ainda menos a Galiza, obviamente) assim que se os colhedes por aí adiante nom perdades a oportunidade de escoita-los. Certamente vam ser a grande surpresa de 2009. Estou seguro!
Moitas bandas deixam transluzir as suas dívidas mais imediatas nos seus primeiros trabalhos e despois nom som quem de desfazer-se da etiqueta que se lhes apom ao primeiro. Mas duvido moito de que a estes rapazes de Arizona (EUA) lhes aconteça o mesmo, ainda que o magistério dos seus case vizinhos The Mars Volta é evidente. Assim e todo, o seu som evoluciona (polo de agora, já que este é ainda o seu álbum debute) cara a outras metas: se calhar mais cara ao metal-rock que cara ao rock-progressivo. Mas o que si compartilham é o experimentalismo e mais o eclecticismo que já encumbrou os texanos e quem sabe se o fará algum dia con eles. Haverá que estar atent@s!
Algo há em Euskadi que faz com que certas bandas queiram pôr a bailar a todo dios o mundo. Já leva um tempo a acontecer com os Delorean e estes seus compatriotas também semelham perseguir o mesmo objectivo. Dá gosto ver como a (case sempre) tam batida música indie pode ser reinterpretada e enriquecida com novas fórmulas. WAS definitivamente sobe-se ao carro de quem fogem de simplesmente "sono-copiar"música inglesa de bairro velho desgastada polo uso. Graças! Por certo, levam ums meses de gira por Espanha adiante e até Setembro.
The Killers, Editors, Starsailors, Maximo Park e um longo etcétera até completar o cartaz de qualquer um festival pop ao uso (como o FIB ou qualquer outro dos seus filhos bastardos espalhados por toda a parte) som alguns dos mais representativos ícones deste tipo de música híbrida à que chamam indie-pop que por vezes semelha um tanto a "bachata" da música elaborada; isto é: pam-pam-pam [guitarras e voz atormentada] pam-pam-pam.
É precisamente por isto que o sopro de ar fresco no género vai ser sempre bem-vindo. Nom é raro, já que logo, que uns ingleses se encarreguem de evoluir um estilo que case que lhes pertence em exclusiva. E fam-no recordando os bons tempos de U2 e incluso o tenebrismo de Depeche Mode, por pôr dous exemplos das influências que se lhes percebem facilmente aos do UK, amais de acrescentar-lhe à mistura um chisco de electrónica (algo que também figérom The Killers no seu último álbum e se calhar por isso semelha que está a passar um tanto desapercibido. É o risco que vos tem a inovaçom). Boa revissom duma música que goça duma óptima saúde nos ultimos anos.
Quem nom lhe puxo alguma vez essa mirada que tem a ovelha galega de "si, home, o caralho!" a alguém mentres este explicava a sua mentira circunstancial disfarçada de verdade com total negligência científica e impunidade moral??? Quem, repito, quem???