Mostrar mensagens com a etiqueta língua. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta língua. Mostrar todas as mensagens
Bla bla bla yonoentiendodepolítica bla bla perodametudinero bla
Nom há moito que lia, já nom lembro onde (e isso que tentei reconstruir os meus passos para ver se dava com a fonte originária, mas isto da rede de desinformaçom é o que vos tem: com tantos montões de merda como há espalhados por toda a parte é difícil recordar em qual deixou um os sapatos a arejar), um de tantos comentários que a diário se fazem no "qualquer-eufemismo global opinativo" que é a Internet. O comentário tinha a ver com todo este tema tam de moda (com os altibaixos pertinentes e interesseiros) que é o "nacionalismo" e a sua dicotomia inerente a nível "este foro é meu e opino o que quero" bondade/maldade.
Se há algo que me afastou da participaçom activa em colóquios-de-café, charlas mais ou menos informais ou conversas acaloradas de cerveja-abalante sobre o antedito termo nos últimos tempos é o desazo que provoca ver como o debate sempre parte dos mesmos pressupostos cansativos e difusos, num senso unívoco que nom admite discussões mas ainda assim é oferecido perversamente para ser desmontado (infelizmente nenhum argumento conhece nunca o reconfortante sucesso de sementar sequer uma dúvida razoável. É o que se passa quando se fala para as paredes).
Este fenómeno é o que eu denomino "táctica do tanque de LEGO": de partida, com todas as peças soltas, semelha tratar-se dum brinquedo inofensivo, mas em pouco tempo já pudemos dar-lhe forma a um bonito tanque. Simples coincidência ou conveniente declaraçom de intenções?
Se há algo que me afastou da participaçom activa em colóquios-de-café, charlas mais ou menos informais ou conversas acaloradas de cerveja-abalante sobre o antedito termo nos últimos tempos é o desazo que provoca ver como o debate sempre parte dos mesmos pressupostos cansativos e difusos, num senso unívoco que nom admite discussões mas ainda assim é oferecido perversamente para ser desmontado (infelizmente nenhum argumento conhece nunca o reconfortante sucesso de sementar sequer uma dúvida razoável. É o que se passa quando se fala para as paredes).
Este fenómeno é o que eu denomino "táctica do tanque de LEGO": de partida, com todas as peças soltas, semelha tratar-se dum brinquedo inofensivo, mas em pouco tempo já pudemos dar-lhe forma a um bonito tanque. Simples coincidência ou conveniente declaraçom de intenções?
Tanto tem. O caso é que a discussom nasce sempre viciada. Quando um grupo de persoas conversa (mais bem intercambia balaços xordos) sobre o tema, sempre há um ou vários indivíduos a contracorrente (invariavelmente na mesma direcçom) tratando de desmontar a silveira enmaranhada de preconceitos afiados tecida por um ou mais indivíduos "com outras sensibilidades". É como se um pirómano chamasse o corpo de bombeiros/as para ir sufocar um incêndio controlado à sua casa, imediatamente surge a pergunta: realmente haverá que levar a mangueira? Total...
Volvo ao rego. Esse comentário a que me referia ao início desta divagaçom viria a servir um pouco como paradigma de tantos outros que tenho lido nos últimos anos (cada vez mais assentado como verdade inquebrantável, assim que por sua vez cada vez mais inquestionável): o nacionalismo é mau, cuidado com o nacionalismo, o nacionalismo é um mau invento do homem (a mulher nunca tem responsabilidade nestas diabólicas criações porque nom lhe deve dar o intelecto). Em definitiva, há que erradicar os nacionalismos porque som maucinhos de todo e corrompem o homem (a mulher só se corrompe com jóias e cousas mundanas).
E eu quero perguntar-me, e quero perguntar-lhe a toda essa gente que renega do nacionalismo ou que só é quem a identificar uns e santificar outros de vez (apesar de os nom reconhecer como tales): seguro? seguro que o nacionalismo é algo perverso e injusto que nom é próprio da natureza humana?
"O nacionalismo perverte", dizem. "O nacionalismo converte-te num ser desprezável que todo o quer para sim", berram. "Os nacionalismos matam inocentes", proclamam. "Os nacionalismos som insolidários e criam graves desajustes e desigualdades irreparáveis", ouveam. "Esos nacionalistas quieren apropiarse de lo que es de todos: y el gallego es de todos, no sólo de unos pocos", cospem veementes em manifestações proteccionistas. "Yo soy tan gallego o más que tú, aunque no hable ni respete ese idioma bonito y folclórico que tenéis", mantenhem inverosímeis com os olhos fora de órbita, embriagados pola possessom de uma cultura que os dessangra desde dentro. "Vosotros no sabéis lo que es la democracia ni la libertad porque sóis unos intolerantes. La democracia es lo que nosotros decimos porque la inventamos nosotros", afirmam chorosos de raiva com orgulho de grupo.
Bem, até aqui chegamos logo. Com uma dinâmica grupal de pequenas ilhas unitárias, uma estratégia comunal nom associativa, um projecto comum de vontades isoladas. Um radical esforço colectivo por amossar-se como uma (impossível?) engrenagem inconexa, mas perfeitamente engraxada.
A próxima vez a ver se alguém se pergunta, antes de assentir cegamente, que nome tem o que fai a criança quando diz: "este joguete é meu, esse teu é meu, isso é meu também, este círculo imaginário em que ando a brincar é meu". Que alguém me diga como é que se chama o processo de escolher (a ouro e prata) as equipas para botar um encontro de futebol: ao primeiro os melhores jogadores (os que o líder considera dignos de integrarem o seu bando) e por último os menos produtivos. Que nome recebe escolhermos o inegociável lado preferido para o descanso nocturno? Onde fica o horizonte da sensibilidade quando estabelecemos caixões diferenciados para "as nossas cousas" em oposiçom "às do outro"? Qual é a percentagem exacta de fraternidade que se pode determinar quando outro fura e seca o rio onde eu pesco para lhe dar electricidade à sua família, ainda que for para iluminar a lâmpada com a quer ler mil livros sobre a intercompreensom e a convivência? Qual é o respeito pola diversidade que se dá quando se quer fagocitar uma língua pola desonrosa via da liberdade?
Porque se todo isso nom é nacionalismo, como é que se quer fazer ver, que uma terra, um colectivo (por se o eufemismo nom é demasiado "nacionalista") com língua de seu queira fazer valer os seus direitos com, em e para a dita língua tampouco nom se pode chamar nacionalismo. Assim que deixem de amolar e inventem de uma vez um inimigo que nom seja um (auto-suficiente por movimento perpétuo) moinho pretensamente travestido em gigante, que alguns queremos poder andar em cousas sérias e vostedes empenhados em nom nos deixarem avançar com os seus complexos de inferioridade seculares. Vaiam e comprem uma identidade (nom-nacionalista-altruísta, naturalmente)!
(Na vindoura entrega, a "parte divertida")

E eu quero perguntar-me, e quero perguntar-lhe a toda essa gente que renega do nacionalismo ou que só é quem a identificar uns e santificar outros de vez (apesar de os nom reconhecer como tales): seguro? seguro que o nacionalismo é algo perverso e injusto que nom é próprio da natureza humana?
"O nacionalismo perverte", dizem. "O nacionalismo converte-te num ser desprezável que todo o quer para sim", berram. "Os nacionalismos matam inocentes", proclamam. "Os nacionalismos som insolidários e criam graves desajustes e desigualdades irreparáveis", ouveam. "Esos nacionalistas quieren apropiarse de lo que es de todos: y el gallego es de todos, no sólo de unos pocos", cospem veementes em manifestações proteccionistas. "Yo soy tan gallego o más que tú, aunque no hable ni respete ese idioma bonito y folclórico que tenéis", mantenhem inverosímeis com os olhos fora de órbita, embriagados pola possessom de uma cultura que os dessangra desde dentro. "Vosotros no sabéis lo que es la democracia ni la libertad porque sóis unos intolerantes. La democracia es lo que nosotros decimos porque la inventamos nosotros", afirmam chorosos de raiva com orgulho de grupo.
Bem, até aqui chegamos logo. Com uma dinâmica grupal de pequenas ilhas unitárias, uma estratégia comunal nom associativa, um projecto comum de vontades isoladas. Um radical esforço colectivo por amossar-se como uma (impossível?) engrenagem inconexa, mas perfeitamente engraxada.
A próxima vez a ver se alguém se pergunta, antes de assentir cegamente, que nome tem o que fai a criança quando diz: "este joguete é meu, esse teu é meu, isso é meu também, este círculo imaginário em que ando a brincar é meu". Que alguém me diga como é que se chama o processo de escolher (a ouro e prata) as equipas para botar um encontro de futebol: ao primeiro os melhores jogadores (os que o líder considera dignos de integrarem o seu bando) e por último os menos produtivos. Que nome recebe escolhermos o inegociável lado preferido para o descanso nocturno? Onde fica o horizonte da sensibilidade quando estabelecemos caixões diferenciados para "as nossas cousas" em oposiçom "às do outro"? Qual é a percentagem exacta de fraternidade que se pode determinar quando outro fura e seca o rio onde eu pesco para lhe dar electricidade à sua família, ainda que for para iluminar a lâmpada com a quer ler mil livros sobre a intercompreensom e a convivência? Qual é o respeito pola diversidade que se dá quando se quer fagocitar uma língua pola desonrosa via da liberdade?
Porque se todo isso nom é nacionalismo, como é que se quer fazer ver, que uma terra, um colectivo (por se o eufemismo nom é demasiado "nacionalista") com língua de seu queira fazer valer os seus direitos com, em e para a dita língua tampouco nom se pode chamar nacionalismo. Assim que deixem de amolar e inventem de uma vez um inimigo que nom seja um (auto-suficiente por movimento perpétuo) moinho pretensamente travestido em gigante, que alguns queremos poder andar em cousas sérias e vostedes empenhados em nom nos deixarem avançar com os seus complexos de inferioridade seculares. Vaiam e comprem uma identidade (nom-nacionalista-altruísta, naturalmente)!
(Na vindoura entrega, a "parte divertida")
21.7.09 | Etiquetas: língua, nacionalismo | 2 Comentários
Volta às origens
Por fim volvo ter a Internet operativa na minha computadora. Ainda ficam sem resolver alguns problemas menores que provavelmente me obriguem a ré-formatar mais uma vez (e já seriam três no ultimo ano), mais o básico vai indo... E como nom há mal que por bem nom venha, graças à compra (inevitável) dum novo router sem fios agora também podo desfrutar de conexom em toda a casa. Assim que em quanto merque o portátil polo que levo agardando mais dum mês hei poder ser mais tecnológico-dependente ainda do que já som. Preocupante, nom si?
Semelha que há cousas que nom podem existir sem as outras, nom sei. Nom creio no destino nem nada disso, mais está claro que a Natureza sabe organizar-se bem para assegurar a ordem dentro do caos. Decerto que se nom se premiassem os segundos e terceiros postos em muitos eventos desportivos, como nas Olimpíadas, o primeiro lugar nom seria tam valorado. Faltaria um elemento fundamental: o contrasto de esforços.
Gozaríamos igual da vida se nom existir a morte? Duvido-o moito. A assunçom dessa realidade inseparável (igual do que moitas outras) fai com que nos esforcemos moito mais em aproveitar o tempo que temos. A valorizaçom da amizade seria impossível se nom tivéssemos que demonstrar a nossa capacidade de adaptaçom, aprendizagem e cambio durante todo o processo.

E todo isto a que vem, diredes... Pois para introduzir o tema dos contrários necessários e achegar-vos uma carta ao director que mandei a La Opinión de A Coruña a semana passada em resposta a outra enviada dias antes ao mesmo jornal. E é que às vezes um nom pode ficar calado ainda que o queira. E podedes-me crer: há tempo que deixei de sentir a necessidade de falar destes temas, já que a oportunidade de dialogar ficou praticamente arrombada nesta sociedade funambulista do caralho, mas essa atracçom de pólos opostos é que me retém ainda no plano das evidências disfarçadas que tanto custa desvester. E a verdade é que algo ainda som quem de engadir, ou isso creio...
Imposición lingüística: Soweto y Galicia (Adrián Fernández, 21/05/2009)
Soweto, 1976. El gobierno del apartheid dispone un normativa en materia lingüística según la cual afrikáans, fundamento de la identidad única y separada —¿les suena?— de la población blanca surafricana, se convierte en lengua única en las escuelas negras, impidiéndose la elección. A primeros de 1976, en una escuela de un gueto de Soweto, un par de maestros son despedidos por negarse a la imposición. En respuesta los estudiantes fueron a la huelga. Llegaron incluso a negarse a entregar sus exámenes, pues la disposición obligaba a redactarlos en afrikáans —¿les suena?—. El 16 de junio los alumnos se manifestaron contra la imposición lingüística. No a favor del inglés, ni del afrikáans, ni del bantú. ¡Reclamaban el derecho a elegir! La policía asesinó a 566 niños. Hoy ya no existe el régimen del apartheid. Mandela firmó en 1996 su defunción rubricando la nueva Constitución de Suráfrica (puede ser consultada en la web del Gobierno surafricano: www.info.gov.za). Invito a leer el artículo 29 a Ánxel Vence, que hace unos días escribía de manera imprecisa sobre el apartheid (impreciso es un eufemismo).
El artículo, firmado por Mandela el 10 de diciembre de 1996, dice en su punto 2: "Todos tienen el derecho de recibir educación en el idioma o idiomas oficiales de su elección en instituciones educacionales públicas…". El art. 30, también firmado por Mandela —poco sospechoso de defender el apartheid—, tiene el siguiente tenor literal: "Todos tienen el derecho de usar el idioma, y participar en las actividades culturales, de su elección...".
De lo dicho, que es un dato contrastable y comprobable (invito a quien quiera negarlo que lo pruebe), sólo se pueden seguir tres cosas: (1) que los que dicen que la elección de idioma es apartheid son unos miserables; (2) que son unos indocumentados; o bien (3) que Mandela era idiota y al firmar la libertad de elección lingüística, en realidad, reintrodujo el apartheid.
Hoy día, en la plaza en la que fueron asesinados todos esos niños, hay un monumento que contiene el texto de la Freedom Charter, declaración que inspiró la Constitución. En él puede leerse, para vergüenza de mentirosos, lo siguiente texto: All people shall have equal right to use their own languages.
*A Historia de Galiza: Pola defensa da nosa lingua (David Paz Lafuente, 28/05/2009)
Galiza, 1387. A guerra civil entre Pedro I (a quen apoian os nobres galegos) e o pretendente Henrique de Trastámara culmina coa vitoria deste e o primeiro gran golpe histórico para a nobreza galega. Andado o tempo, en 1486, os Reis Católicos viaxan a Santiago de Compostela, data simbólica da definitiva submisión da Galiza ao poder centralizador da Coroa de Castela. A partir de aquí a castelanización dos poderes públicos galegos (xustiza, clero, educación etc.) será progresiva, mais decidida, creando a imaxe paradigmática dun status social ideal que se ha filtrar verticalmente, devagar, a través de todos os estamentos da sociedade galega de maneira eficaz e devastadora —sóalles?—. A expansión do (pequeno) Imperio precisaba dese mecanismo cohesionador para a súa sorte, nun proceso colonizador que case deu en dinamitar a conciencia e a dignidade dun pobo que esquecera mesmo o seu amor propio.
Despois de máis de 5 séculos en que as elites de poder (galegas?) viviran (e fixeran vivir) de costas á sociedade que as vía medrar coa promesa estéril sempre viva no imaxinario colectivo do ascenso social con base na lingua —sóalles?—, en 1936 a lingua galega recibe un golpe que semellaba definitivo. Co trunfo do fascismo, a lingua castelá recibe o apoio institucional máis rexo e intransixente da historia recente. O alumnado galego é reprimido até fisicamente por utilizar o seu idioma propio nas aulas —sóalles?— e a sociedade galega malvive lingüisticamente entre represalias, malaprendendo tópicos, convivindo coas infamias e desqueréndose a cada paso, nun descenso, chanzo a chanzo, cara aos infernos da ignominia.
En 1980, o Estatuto de autonomía entra finalmente en vigor (o orixinal, de 1936, nacera xa fanado) tentando recuperar a dignidade do idioma cunha tímida e moitas veces escasa aplicación real, alarmantemente orfa de ambición. No momento actual, desde certos sectores que só consideran a súa propia realidade como válida e ideal ("en las ciudades no se habla gallego —sic.—, logo é unha imposición"), estase a desatar unha auténtica autarquía da razón desde unha pésima e perversa interpretación do concepto liberdade, con base en (auto) odios e xenreiras que perpetúan o inxenuo sofisma daquelas pretendidas vellas bondades nunca materializadas da lingua común (ou algunha persoa se fixo rica por mor de falar en español?).
Esta é a realidade da Galiza, Sr. Fernández, non fai falta acudirmos a lonxíncuas terras espoliadas pola mesma ignorancia que aquí opera maquiavelicamente para explicarmos a historia de noso.
E por certo, consulte a Carta europea das linguas rexionais e minoritarias, tamén aí se afirman cousas moi interesantes sobre o respecto e promoción destas linguas. Seica as nosas propias leis non merecen tanta atención...
*Por alguma raçom, a persoa responsável da secçom modificou o título original da carta, muito mais sugerente: "Galiza, eau de cologne (resposta a Adrián Fernández)".
Saúde e Galego Sempre Mais!
2.6.09 | Etiquetas: Galiza, história, língua | 0 Comentários
Subscrever:
Mensagens (Atom)