Espaço Em Branco ©

O meu com a fotografia é um idílio um tanto estranho. Gosto de visionar de quando em vez fotoblogs, som assíduo aos que ganham os prestigiosos prémios que anualmente concede CoolPhotoblogs.com e dos que já vos tenho falado noutras ocasiões: os Photoblog Awards, e mais nom é a primeira vez que vos falo de exposições e certames desta verdadeira arte da representaçom, tanto da objectividade como da subjectividade.

Ainda assim levo perdidas, até a altura, várias exposições que me chamaram a atençom no seu momento. Venhem-me à memória uma mostra fotográfica dum rapaz francês sobre A Corunha ou a exposiçom que comemorara o centenário da RAG, que de tanta polémica e rejeiçom que sementa acabei por nom ir ver e assim alguma mais que nom lembro, mas estou certo que a oportunidade passou como passam tantos minutos a deshoras no dia a dia.

Assim que venha! aqui vai outro poste sobre fotogragia, com o galho dos prémios anuais outorgados polo National History Museum e a BBC Wildlife Magazine londinenses: os Wildlife Photografer of the Year.

Este ano a fotografia que resultou ganhadora tem moito a ver com um hábitat que aos galegos e às galegas nos pode ser familiar: o território do lobo ibérico, tristemente em perigo de extinçom também no médio natural galego (e digo "pode" porque vaia... porque é evidente, nom?). A foto de José Luis Rodríguez fala por si própria:

Já que logo, com o pretexto que este galardom me outorga, aproveito para dar-vos a conhecer outras exposições que poderemos visitar proximamente no nosso país e que espero, esta vez sim, poder visitar para o desfrute do meu cérebro (que nom em vão tem o controlo dos meus olhos):

Ruth Matilda Anderson. Unha mirada de antano. Sede Fundación Caixa Galicia da Corunha, do 30 de Outubro de 2009 ao 28 de Fevereiro de 2010. Mais informaçom nesta ligaçom.

Miradas. Galicia ata 1975. Sede Fundación Caixa Galicia de Pontevedra, do 22 de Outubro ao 30 de Março de 2010. Mais informaçom nesta ligaçom.

Pois venha! A ver se desta vez pode mais o tempo empírico ca o tempo meditativo.

Suponho que conhecereis a relativamente medíocre saga de filmes "Saw", que narram as desventuras dum fato de supostos aspirantes a criminais e gentalha marginal diversa.

Bem, até aqui nada novo senom um conjunto mais de sequências mais ou menos atrevidas e/ou renovadoras que acabam por resultar sobre-exploradas, dinamitando a sua eficácia em quanto a seguimento de massas e revelando uma total ausência de ideias na indústria. Algo cheira a queimado em Hollywood... como sempre.

Porém, o tema ao que vou nom é este, mas o feito de que o nosso caro Ministério de Cultura estatal, chefiado desde 2006 pola manifestamente incompetente Ángeles González Sinde (tristemente recordada desde que acedeu ao cargo polo seu apoio aos corsários da SGAE, a sua condena aos descarregamentos gratuitos na Internet, que segundo esta tipa nos converte a todos/as os/as internautas em delinquentes, ou a sua adesom ao bochornoso Manifesto por la lengua común), vem de vetar a exposiçom pública nas salas de cinema de Espanha do dito filme.

Chegárom outra vez os salvapátrias disfarçados de "progres". Que guai! Que chupidistinto! A cultura está a salvo graças a estes impresentáveis que manejam os quartos com a alegria indiscriminada dum porco numa fábrica de lama.

Agora os nenos e nenas do Estado estám livres da tentaçom de ir ver uma película que de seguro os/as ia converter em assassinos e psicopatas em potência. Graças, Ángeles! Um milhom, a sério. Uma cousa soa, isso sim, por que nom nos libras também das tuas bazófias infumáveis e vas tomar polo cu um bom pedaço. Eh, cacho de merda sem cérebro?


Conclusom: A ver quando toda esta caterva de 40+ inventam outro amago de democracia e marcham todos a jogar com ela a jogos eróticos desses dos que tanto gostam os do Pleistoceno Transitório. Há moita mamila querendo ser excitada e vós enredando no século XXI, mamuts do caralho!

Adenda #1: Que curioso é observar os típicos espanholistas (perdom pola redundância, porque o certo é que todos os espanholistas acabam por resultar típicos, é traço inerente neles) orgulhosos de se-lo quando deslizam compassivamente nas suas tertúlias de café frases do tipo: "pobres venezuelanos, com esse Hugo Chávez, que é um tirano autoritário" ou "é que nesse país africano «x» investem todos os quartos em armamento por culpa do seu líder «y» e assim lhes vai" e ainda "é que em Oriente Médio -como se a metade dos que usam essa denominaçom soubessem que nações se incluem no dito paradigma- nom há liberdades religiosas"... e todas essas frases acabam igual: "nom como aqui". Desculpem... como aqui... donde? Na sua imaginaçom, na sua mentirosa história quijote-cabaleiresca. Donde hóstias?

Nom como aqui, donde um juiz tipo CSI (só se ocupa de casos "rechamantes", que cool!) tem toda sorte de impedimentos para estudar os casos de represaliados/as pola Guerra (in)Civil e assim os seus descendentes poidam saber por fim se estam a deitar as flores na valeta correta?

Nom como aqui, donde se mudam os militares de um sitio "mau" a outro sitio "guai" para que construam (os militares) democracias ao uso (os militares) porque os militares som bons e fazem cousas chachis de ajuda às persoas (os militares) mentres se lhes vende armamento aos israelitas mas cuidado que Palestina rocks, I support palestinian cause?

Nom como aqui, donde a igreja católica dum Estado aconfessional (polo que se vê, a Constitucioncinha essa só se mira para recordar que o espanhol é língua mágica de elfos e magos ibéricos. E claro, quem nom quer ou gostaria de aspirar a ser mago?) pede publicamente o apoio a manifestações e critica os que nom pensam como pontifica a sua doutrina primigénia de bíblico ouropel redentor milagreiro esplendoroso 1.0?

Nom como aqui, donde se pode guindar uma cabra desde um campanário e foder um touro a coiteladas, mas nom se pode ver uma película porque o Governo decide que sai demasiado sangue?

Nom como aqui, donde um tipo que se calhar matou de dous tiros na caluga o teu bisavó pode cruzar-se contigo pola rua e espetar-te que és um "nazi" e um "impositor" por exigir que a Administraçom cumpra as suas próprias leis a respeito do idioma, que pode acusar-te de "rancoroso" por querer saber donde soterrou o mui cabrom o teu bisavó e que nom tem reparo em te chamar "liberticida" por impedi-lo a usar "La Coruña" [sic.]?

Nom como aqui, donde um presidente dum país nom pode fazer uma consulta em referendo, regulada por leis, para saber qual "futuro político" é que querem os seus habitantes? donde uma outra naçom nom pode aprovar o seu Estatuto de Naçom porque uns senhores muito veteranos e solemnes por obra y gracia de Dios nom gostam? donde, porém, um concelho ermo com aeroporto renovado cada ano pode endividar-se por 7000 milhões de €, porque é "capital del Imperio", sem dar contas a nem Cristo?

Alguns caminham tam cegos pola vida que me surpreende que ainda nom tenham privatizado a ONCE. Mádia leva!

Já que segue a cousa de futebol esta semana, vou dedicar-lhe também esta vinheta a Dom Diego Palacios, a ver se a próxima vez que meta um golo mágico desses ensina uma camisola de «Força Cactusiana, Força para viver» ou algo assim.

*Que grande lance desportivo implícito na recâmara do Sr. Cactus, nom si? Desfrutemos com a história mais uma vez.

Desde o EeB queremos-lhes oferecer uma profunda e exaustiva análise sobre os porquês da decisom do COI de outorgar-lhe os Jogos Olímpicos a Rio de Janeiro em troca de Madrid, capital pequeno-imperial do mundo livre ibérico-espanhol:


Ou que esperavam? Que os do COI fossem todos maricões como nas televisões estatais espanholas? Se só há que ver a cara de vicioso de Jacques Rogge.

Oé-Oé-Oé!

Que arte tem o NeoLeo t.c.c. Sr. Moreno, virghensantisma!!! E o domingo concerto de balde de Los Planetas. Moito olho!

Deixo-vos o único tema novo do álbum que venhem apresentar a Galiza, Principios básicos de Astronomía, logo da sua ausência do Festival do Norte.

Sr. Cactus apresenta um triplo evento músico-cinemato-fotográfico:

(Puede contener spoilers -de hecho contiene un fuego de ellos-)

Revolutionary Road. Es como Titanic, pero en vez de ser en un barco es en una casa con jardín.

El curioso caso de Benjamin Button. La verdad es que el "caso" no es realmente tan curioso, aunque sólo vi el CD1 bajado de internet en descarga ilegal porque me tenía que ir a dormir. Pero la película es básicamente una copia de un cuento de base tradicional, que por ejemplo Rafael Dieste ya escribiera en 1926 (O neno suicida) o F. Scott Fitzgerald antes que él. Copiar está mal, así que buuuu!

Watchmen. Todos se lo pasan de puta madre menos el que lleva un trapo con mercromina negra en la cara, que está jodido de la cabeza y no se sabe cómo coño es capaz de ver a través del trapo (debe ser su súper-poder: rayos-trapo). Después sale un tío azul que por lo que parece es una especie de ballena que se alimenta de electricidad (aunque tampoco es seguro).

Duplicity. Si esta película fuese una espinaca untada en miel muchas más hormigas dejarían de morir de hambre y eso sería algo bueno. Además crecerían fuertes y sanas. Perfecto. Pero no, porque sale Julia Roberts y la jode (como siempre).

Señales del futuro. Un profesor de astronomía-padre-soltero/viúdo quiere follar, así que se inventa unos números que coinciden con fechas en las que pasan cosas (super raro esto). A veces aparecen unos gays del espacio que finalmente se llevan a su hijo porque la tierra va a explotar o algo (super visionario esto). A él no se lo llevan. A joderse.

Déjame entrar (Låt den rätte komma in). A un niño le pegan en el cole. Hay mucha nieve siempre. Luego conoce a una niña vampiro, casi hacen el amor con 12 años y ella los mata a todos.

Star Trek. Spock se lo hace con la negra. Ciencia-ficción de la buena. El resto es todo en el espacio, así que nada, no hay quien se lo crea.

Terminator Salvation. «Deicalogo raparigo» es una frase muy difícil de superar. No obstante aquí lo intentan poniendo saltos muy altos de gente bastante fuerte y disparos (pam-pam-pam). Siendo, como es, una buena comedia futurista se echan en falta sonidos guturales para los robots y sonidos anal-intestinales para los supervivientes, porque tanto tiempo sin comer bien tiene que joder el estómago a la fuerza. El caso es que las máquinas ganan la guerra o no se sabe. Pero vamos, que hostias salen.

La última casa a la izquierda. Primer fallo: no se puede poner una casa en el medio del monte y decir que es la última a la izquierda porque eso es según se mire. Si vienes del lago es a la derecha. Esto resta credibilidad a la historia y los/las actores/actrices se pasan toda la película con cara de despiste porque se les nota que no creen en las indicaciones. Es tal el descontrol que a una la violan y a otra la matan porque no se sabían orientar. Así no se hace terror. El terror se hace sacando a Andrés Pajares con síndrome de abstinencia. Eso sí que asusta.

Arrástrame al infierno. El género es importante: terror-comedia. Esto define lo que se puede ver. Es como la de "Tu madre se ha comido a mi perro" pero sin el perro. La escena en la que habla la cabra debe de estar entre las 10 mejores de películas con animales de toda la historia (a la par quizás de la muerte de la madre de Bambi y de el casi aplastamiento del niño repipio por la orca Willy -qué gran frustración supuso aquello-). También mola cuando la vieja rumana aparece volando y cuando sacan los zooms locos en plan "cómo se van a joder todos" (ole, Sam Raimi, ole).

Resacón en Las Vegas. La película se anuncia como "Del director de «Starsky & Hutch»", lo que ya acojona lo suyo y es para echarse a temblar. Después la trama trata como de una especie de fiesta homosexual en un desierto de mierda. Y por cierto, sacar a Mike Tyson sin comer sus propios excrementos se llama "dejar pasar una oportunidad de oro para que salga Mike Tyson comiendo sus propios excrementos". A ver si para la segunda parte, «Requesón en The Little Oak»...

Distrito 9. Unos grillos hacen de gitanos. El resto es tipo documental. Uno de apellido holandés hace como de Labordeta por los campos de exterminio re-educación y se infecta con mierda de gitano de grillo extraterrestre así que le sale un brazo de risa como el de Popeye. Mola porque la nave de los gitano-grillos se queda sin gasolina y tienen que pedírsela a los negros. Como la vida misma este documental.